Márcia

Concerto de Marcia no EDP Cool Jazz Fest 2017 – Oeiras – 18 de Julho de 2017.

Márcia, artesã de canções, estudou Pintura na Faculdade de Belas Artes e estagiou em cinema documental, mas à parte da sua formação académica frequentou o curso de canto na escola de Jazz Hot Clube. Fez parte do grupo popular Real Combo Lisbonense.
Em 2009 lançou o seu primeiro trabalho a solo “Márcia”, com cinco canções em guitarra e voz. Entre elas, a sua canção mais conhecida, “A pele que há em mim” que mais tarde viria a ter uma versão em dueto com o cantor J.P. Simões. Esta versão, “A Pele que há em mim (quando o dia entardeceu)” (Dá, Parlophone Music Portugal, 2011) foi nomeada para melhor canção na gala Globos de Ouro 2012.
“DÁ” foi o seu primeiro álbum de longa duração, produzido pelo jovem músico Luis Nunes (que editava sob pseudónimo de Walter Benjamin) e pelo mentor do Real Combo Lisbonense (projecto que integrou entre 2008 e 2012), João Paulo Feliciano. Este disco foi editado em 2010 por uma editora independente e reeditado em 2011 pela Parlophone Music Portugal.
Em Maio de 2013 lançou “Casulo” (Warner Music Portugal), um disco influenciado pela experiência da maternidade que teve pela primeira vez em 2012 e produzido pelo seu marido, Filipe Cunha Monteiro.

“Para agitar as águas, chamou para a cadeira de produtor o músico brasileiro Dadi Carvalho, homem ligado aos Tribalistas e às carreiras de Caetano Veloso e Marisa Monte, entre muitos outros. Apaixonado pela verdade que detectava nas canções de Márcia, Dadi ajudou a colorir Quarto Crescente (2015), disco apresentado pelos singles “A Insatisfação” e “Bom Destino”, e abrilhantado por um novo e abençoado dueto com o músico paulista Criolo, em “Linha de Ferro”. Feito de memórias e de fantasmas com os quais Márcia lida no interior das canções, Quarto Crescente é o exemplo perfeito desta forma de construir canções como se fosse uma artesã. Não há em si nada de industrial ou de escrita fácil e de mera reprodução de fórmulas ganhas. Há antes o respeito por cada tema e um investimento tão pessoal e cuidado que se torna impossível não nos sentirmos íntimos dela e não nos convencermos que partilhamos consigo os nossos dias. Como só acontece com os maiores escritores de canções.” (Gonçalo Frota)