Steven Wilson

STEVEN WILSON – 31 Janeiro de 2018 – MEO Arena (Sala Tejo)

Depois de, em 2015, ter assinado uma atuação arrebatadora na Sala Tejo, da Altice Arena, o génio britânico do rock progressivo moderno regressa a Lisboa para apresentar o seu novo registo de originais, «To The Bone» .

Hoje visto como a figura de proa e homem dos mil talentos do prog rock, por esta altura STEVEN WILSON já tem pouco a provar e, ainda assim, cada novo álbum que grava afirma-se como uma aconchegante reafirmação dos valores base que têm dominado a sua carreira desde que, no final dos anos 70, começou a fazer música. Senhor de uma incrível (e muito refinada) habilidade como compositor, produtor e engenheiro de som, ao longo das últimas quatro décadas, o multifacetado guru do som desafiante inglês tem escrito dezenas de canções cheias de alma e carregadas de envolvência, que merecem um público bem mais amplo que aquele que, de há uns anos a esta parte, vê o seu trabalho como uma espécie de equivalente moderno dos Pink Floyd ou dos Genesis.

Nascido em Kingston Upon Thames, em Londres, em 1967, o talentoso STEVEN WILSON sentiu-se inspirado a perseguir uma carreira na música depois de devorar a vasta coleção de discos que os seus pais tinham em casa e, depois de passagens por diversos projetos, incluindo o duo psicadélico Altamont, os roqueiros prog Karma e a banda new wave Pride Of Passion, decidiu então formar a banda de pop art No Man em conjunto com o vocalista Tim Bowness em 1987. No mesmo ano nascem também os Porcupine Tree, que acabariam por transformar-se na sua mais famosa criação de sempre e catapultá-lo para a fama de que goza hoje. Entretanto, graças à prolífica ética de trabalho que lhe permite rivalizar com Devin Townsend e a sua extensa lista de projetos paralelos, o multi-instrumentista, produtor e engenheiro de som autodidata transformou-se num dos nomes mais aplaudidos e aclamados pela crítica ao longo das últimas décadas e, entre 1991 e 2009, assinou um total de 16 álbuns de originais.

Apesar do compromisso a longo prazo com as suas bandas de raiz, o músico nunca deixou de ter tempo para materializar outros projetos e, só durante os anos 90, gravou eletrónica ambiental com os Bass Communion, krautrock revivalista com os Incredible Expanding Mindfuck e criou também os muito aplaudidos Blackfield, numa colaboração com a estrela do rock israelita Aviv Geffen. Demonstrando enorme versatilidade, transformou-se também num requisitado e reputado produtor, trabalhando em registos de músicos tão diversos como a vocalista norueguesa de jazz Anja Garbarek, os metaleiros Opeth e Orphaned Land e até Fish, o ex-vocalista dos Marillion. Como se isso não bastasse, em 2003 encetou uma muito bem sucedida carreira a solo, que deu origem a cinco álbuns de longa-duração de qualidade inequívoca – «Insurgentes» em 2008, «Grace For Drowning» em 2011, «The Raven That Refused To Sing (And Other Stories)» em 2013, «Hand. Cannot. Erase.» em 2015 e em Agosto de 2017, a novidade «To The Bone».