Concerto dos Clã nas Festas do Mar 2015, Cascais – 21 de Agosto de 2015.
Os Clã formam-se em Novembro de 1992 com Hélder Gonçalves (principal compositor, arranjador e director musical) a convidar Miguel Ferreira, Pedro Biscaia, Pedro Rito, Fernando Gonçalves e Manuela Azevedo para se juntarem a ele neste projecto.
Depois de um ano de ensaios (1993) e outro de apresentações ao vivo (1994), os Clã celebram um contrato discográfico com a multinacional EMI–Valentim de Carvalho em 1995, iniciando as gravações do seu primeiro álbum de originais.
“LusoQualquerCoisa”, produzido por Mário Barreiros e Carlos Tê (também responsável por duas letras e co-autorias de outras letras com Hélder Gonçalves), foi editado a 14 de Fevereiro de 1996. Aclamado pela crítica, e com forte presença nas rádios nacionais, este primeiro trabalho impõe os Clã como uma das mais fortes revelações da música portuguesa emergente.
“Kazoo”, o 2º álbum dos Clã, foi editado a 15 de Setembro de 1997, dando origem a uma tournée de mais de dois anos, com mais de cem espectáculos por todo o país, com direito de passagem por Macau e Brasil.
A estreia nos grandes palcos dos festivais de Verão aconteceu em 1998 com concertos no Festival Super Rock (na Praça Sony), Festival Paredes de Coura e Noites Ritual Rock.
Ainda nesse ano participam no CD de homenagem aos Xutos & Pontapés – “XX Anos XX Bandas”, com a versão do tema “Conta-me Histórias”, escolhida como primeiro single desta colectânea.
Em Maio de 2000 lançaram o 3º álbum de originais, “Lustro”. Neste álbum, para além de Carlos Tê, os Clã contam com letras de Sérgio Godinho, Manel Cruz (ex-Ornatos Violeta, actual Pluto) e Arnaldo Antunes, músico e poeta paulista. A digressão do “Lustro” dura, aproximadamente, ano e meio, ultrapassando a centena e meia de espectáculos.
Ainda em 2000, participam no CD e espectáculo “Ar de Rock – 20 anos depois”, numa recriação do tema “Bairro do Oriente” de Rui Veloso e Carlos Tê.
“Lustro” torna-se no primeiro Disco de Prata do grupo, ultrapassando, pouco tempo depois, as 20 mil unidades vendidas, conquistando assim o galardão de Disco de Ouro.
A 10 de Dezembro de 2001 é editado “Afinidades – Clã e Sérgio Godinho ao Vivo”, com base nas gravações das três apresentações do projecto, em 1999, no Rivoli.
Um mês depois, o álbum atinge o Disco de Prata e, no concerto único, no Coliseu de Lisboa, a 13 de Março de 2002, é entregue aos Clã e a Sérgio Godinho, o Disco de Ouro.
Tendo encerrado a digressão do “Lustro” a 31 de Dezembro de 2001, e após uma extensa tournée, o grupo decide afastar-se dos palcos nacionais até à saída do novo álbum.
Nesse sentido, o grupo define como um dos objectivos para este período de interregno, até à saída do 4º álbum, a internacionalização do seu trabalho.
No início de 2004, o grupo entra em estúdio para gravar o 4º álbum de originais. O novo trabalho, “Rosa Carne”, foi editado a 03 de Maio e apresentado ao vivo, até final do ano, em mais de 50 concertos. De destacar o espectáculo apresentado a 26 de Novembro, no Grande Auditório do Centro Cultural Olga Cadaval, com os convidados Paulo Furtado e Arnaldo Antunes e encenação inspirada no universo do último álbum. Deste espectáculo nasceria o primeiro DVD da banda, “Gordo Segredo”, editado em Outubro de 2005.
O grupo reservou o ano de 2006, para trabalhar na composição do seu próximo álbum, bem como para realizar alguns concertos de carácter internacional.
No início de 2007, o grupo entrou em estúdio para gravar o seu 5º álbum de originais. Um mês e meio antes da edição, os Clã convidaram 50 fãs para um “Ensaio Geral” onde mostraram, em ambiente intimista, os novos temas.
“Cintura” foi editado em Outubro e teve como single de avanço “Tira a Teima”. Nesse mês, deram início a uma digressão por auditórios e cine-teatros que se prolonga até Março de 2008. “Sexto Andar” (nomeado para o Festival Vimus de Vila do Conde) e “Vamos Esta Noite” foram os singles que se seguiram e mostraram uma aposta em videoclips feitos em animação por Laurie Thinot, jovem realizadora francesa. Em meados de Maio, editaram uma edição especial de “Cintura” com um DVD extra com um filme sobre o “Ensaio Geral” e duas faixas bónus.
Com a notícia de que «Cintura» tinha atingido o galardão de Disco de Ouro, por mais de 10 mil cópias vendidas, e após uma digressão com mais de 70 concertos, os Clã chegam ao final de 2008 felizes e realizados.
Em Maio de 2010, os Clã recebem um aliciante desafio lançado pelo Estaleiro (projecto de formação e programação cultural em Vila do Conde) – fazerem a abertura do Festival Estaleiro com um espectáculo para crianças. Tendo como principal cúmplice na escrita das canções Regina Guimarães, autora das letras (com excepção da colaboração pontual de Carlos Tê), os meses seguintes foram dedicados à construção do projecto “Disco Voador”, convocando-se para este trabalho toda a equipa dos Clã, com destaque para a direcção cénica de Victor Hugo Pontes. A estreia do espectáculo «Disco Voador», nos dias 14 e 15 de Janeiro de 2011, no Teatro Municipal de Vila do Conde, em três sessões esgotadas, foi um grande sucesso, com crianças e adultos a reagirem entusiasmados às novas canções que ouviam ali pela primeira vez.
Depois da estreia em palco, os Clã entraram de seguida em estúdio para gravar o novo álbum. Gravado n’ O Nosso Gravador, «Disco Voador» foi misturado por Nelson Carvalho nos Estúdios Valentim de Carvalho e masterizado por Andy VanDette no Masterdisk, em Nova Iorque. Editado a 26 de Abril, o sucessor de «Cintura» entrou directamente para 2.º lugar no top nacional de vendas. O seu primeiro single, “Os Embeiçados”, é também uma das canções mais tocadas nas rádios nacionais.
Eis como a autora enquadra este trabalho na carreira dos Clã:
“Seguros de que nenhum humano mata totalmente a criança e o adolescente que mora dentro de si, os Clã sabem que este «Disco Voador» se destina descaradamente a todos os públicos. As aspirações, os desejos, os temores, as inquietudes dos supernovos são sérias e densas. A galeria de figuras que fala nestas canções quer exprimi-las o mais livremente de que é capaz. Ou seja: escutando e dando a ouvir a música das esferas que habita o seu mundo interior.”
Em 2014 os Clã estão de volta com novo álbum – CORRENTE – e nova digressão.
É o regresso dos Clã aos palcos, seu elemento natural, onde sabemos que iremos encontrar o rigor, a irreverência e a energia desta banda, reconhecida pela excelência das suas apresentações ao vivo.
Mas é também o regresso dos Clã com novas canções, feitas em colaboração com os seus cúmplices Carlos Tê, Sérgio Godinho, Arnaldo Antunes, Regina Guimarães e John Ulhoa e ainda com os novos parceiros Nuno Prata e Samuel Úria. Neste novo trabalho, os Clã voltam a mostrar o seu enorme prazer na construção de canções e o desejo de explorar novos caminhos e sonoridades.