Resistência no Festival Sol Da Caparica 2015.
Dia 1, 13 de Agosto.
Palavras dos Resistencia:
“É muito importante levar o repertório de há 20 anos, tal como o repertório deste novo disco às várias camadas e este festival abrange muitas gerações”, refere ainda o homem que durante anos militou nos Delfins. “O mais importante é passar o conceito das guitarras, dos arranjos e da mensagem em português. Nos anos 80 e 90 o grande desafio foi conseguir passar a mensagem das canções em língua portuguesa, que não chegava à maior parte das pessoas que só ouvia música anglo-saxónica”. O Sol da Caparica prova, afinal, que muito mudou desde então.”
Os Resistência de Pedro Ayres Magalhães, Olavo Bilac, Tim, Fernando Cunha e Miguel Angelo vão ao Sol da Caparica apresentar “Horizonte”, o seu disco mais recente, sem esquecer os clássicos que uniram toda uma geração no inícios dos anos 90, com material que vai dos Heróis do Mar e Delfins, aos Xutos e Sitiados. “Claro que para a Resistência é muito importante tocar neste festival porque a banda só canta em português”, começa por explicar Fernando Cunha. “O conceito nasceu do recital da palavra cantada e depois é que se alargou para grandes salas de espetáculo”. De facto, Resistência tornou-se num fenómeno que ultrapassou gerações, afirmando o poder da palavra cantada em português graças ao sucesso estrondoso de álbuns como Palavras ao Vento, Mano a Mano ou Ao Vivo no Armazém 22, casos sérios de vendas no arranque dos anos 90 que, de facto, marcaram uma geração. O super grupo participou em aventuras coletivas importantes da nossa história musical, como a compilação de homenagem a José Afonso Filhos da Madrugada que teve também um momento único de celebração no antigo estádio José de Alvalade. O regresso dos Resistência duas décadas depois deixou claro que esta visão continua a fazer pleno sentido num presente onde cantar em português é uma opção que inspira novas gerações.
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