Concerto de Jamie Cullum no Festival Cascais Groove – Parque Palmela – 26/06/2016
Com um Grammy, dois Globos de Ouro, dois “Homem do Ano GQ”, três Brit Awards, três Sony Radio e inúmeras outras nomeações e prémios em seu nome, Jamie Cullum é uma história de sucesso em todo o planeta. Trata-se do artista de jazz britânico mais bem sucedido de todos os tempos, que já vendeu mais de 10 milhões de álbuns em todo o mundo.
É através do jazz que Jamie fez a sua primeira marca, com o multi Platinum Twentysomething LP, mas é seu conhecimento e amor de toda a música que tem ajudado a impulsioná-lo para o palco mundial.
O músico sensacional tem a habilidade e a versatilidade para desfocar gêneros musicais com sua visão única sobre jazz, pop e rock.
A carreira de Cullum poderia ter sido muito diferente à idade de vinte e um anos. Jamie fazia música sob cinco disfarces diferentes, ansioso que qualquer um deles descolasse. O post Brit Pop da banda TAXI foi o que esteve mais perto, com um contrato com a editora RCA. O psicadelismo dos Red Shift mostrou pistas das suas futuras capacidade de palco e a sua banda de heavy metal High Voltage revelou sua amplitude de interesses musicais.
2004 foi o culminar de três anos de frenesim artistico com edições de discos, aparições nos media, concertos e digressões, parcerias e colaborações e muitos prémios e reconhecimentos do seu valor artistico. Neste ano lança o álbum Momentum, e foi seguido rapidamente por um disco gravado inicialmente apenas por diversão. Após as sessões de gravação mais mainstream de Momentum, Jamie sentiu que tinha algo a a fazer em termos de jazz. Três dias de estúdio depois, os “masters” resultantes das sessões torna-se-iam no Interlude. Um projeto de paixão, com gravação das faixas feita com uma grande banda, numa unica sala e em takes unicos. Sendo um álbum de jazz puro, a escolha das músicas foi muito influenciada pelo seu programa de rádio. O produtor Benedic Lamdin (também conhecido como Nostalgia 77) foi justamente um dos convidados desse programa, e os dois duetos no existentes no disco são com cantores para quem o programa de radio do Jamie foi um grande trampolim nas suas carreiras – Gregory Porter da Blue Note e Laura Mvula da Sony. Para lançar o álbum, Jamie tocou em alguns dos clubes de jazz mais emblemáticos do mundo, como The Blue Note em Nova York e Ronnie Scotts de Londres, espremendo sua big band de 12 peças de forma a caberem nos espaços pequenos destes famosos clubes. Uma façanha, mas valeu muito a pena para os fãs sortudos que conseguiram obter um bilhete. Na outra extremidade da escala ao vivo, esses shows íntimos e promocionais para o Interlude foram intercalados com concertos em grandes arenas nos Estados Unidos com Billy Joel. É a primeira experiência de Jamie como “1ª parte” para outro artista, e o público americano foi muito generoso na demonstração do seu amor para com o jovem pianista britânico.
Jamie Cullum regressou a Portugal no âmbito do novo festival Cascais Groove, em Junho de 2016, para esgotar e terminar esta primeira edição em grande sucesso.