Reportagem Fotografica do 7º Aniversário do Blog Bran Morrighan: Concertos de Mahogany, Manipulador e Thunder & Co(nvidados) no Musicbox, Lisboa – 7 de Janeiro de 2016
Melhor do que eu alguma vez poderia escrever, deixo-vos, sobre os concertos daquela magnifica noite, as palavras de Sofia Teixeira, o coração, a alma e a energia por detrás deste evento.
“Ver o MAHOGANY subir a um palco em que o público lhe era maioritariamente desconhecido pela primeira vez foi um orgulho imenso. É claro que ele já havia actuado noutros locais, mas normalmente o palco era mais num tom mais familiar, amigos ou conhecidos por perto. Projectos acústicos no Musicbox é sempre um risco, mas ele saiu-se lindamente. Fiquei honestamente admirada com o silêncio que se fez sentir a maior parte do tempo. Aliás, se um burburinho começava e o Duarte cantava, automaticamente se calava tudo. A sua voz é realmente mágica e tem a capacidade de nos transportar. Pami, se leres isto, o Duarte dedicou uma canção à tua partida para a Suécia. Confesso que verti uma lágrima e tenho saudades tuas. É isto.”
“O Manipulador. O nome diz tudo e o Manuel Molarinho não só manipula baixo, pedais e distorções, como tem uma voz sonante, que tanto é instrumento como mensageiro e que conjugando com a estética projectada contra uma cortina que o esconde torna tudo mais intenso e curioso. Já o tinha visto a actuar, mas sem a cortina. Se por um receei que esta criasse um certo distanciamento em relação ao público, por outro a magia que foi operada através das projecções do Eduardo compensaram totalmente. Foi como se através daquele cenário – as imagens projectadas por cima do Manuel numa espécie de ambiente 3D – as diferentes camadas e texturas fizessem projectar emoções que variavam no espectro da intensidade e da luminosidade. Disposições mais sombrias ou mais despertas, bonito bonito foi terminarmos com covers de PJ Harvey e Dead Combo. Mais uma actuação que me deixou imensamente orgulhosa e que tem tido um feedback brutal por parte dos presentes.”
“Quando as duas primeiras actuações terminaram e os Thunder & Co. subiram ao palco, tive a certeza que esta noite não podia terminar de melhor maneira. Dito e feito. Num tom crescendo, com os convidados a passarem pelo palco, assistimos a momentos únicos. Os D’Alva chegaram mesmo a tocar duas das suas músicas – #LLS e Frescobol -, tivemos também Ruby Went Out Dancing, de Mirror People, numa performance recheada de músicos talentosos e numa harmonia espectacular. Houve ainda tempo para improviso e para a Maria do Rosário arrasar com a sua belíssima voz e terminou-se com uma O.N.O. a várias vozes, com praticamente toda a gente em cima do palco. Foi bonito, foi único, foi uma comunhão e companheirismo no gosto pela música que me fez sentir muito orgulhosa e babada. Também o reconhecimento e carinho por parte dos músicos contribui para o sentimento de tudo fazer sentido, de bater tudo certo, de que a noite correu como tinha a correr.”
Texto: Sofia Teixeira
Fotografia: Luis Macedo
Podem ver a reportagem dos bastidores e preparativos aqui: Access All Areas