Em 2012, com zero experiencia em fotografar um festival de música, consegui obter credencial em nome próprio para fotografar o evento Tall Ships que teria lugar na zona ribeirinha de Santa Apolonia, Lisboa. Interessava-me sobretudo os concertos que aconteceriam ao final da tarde, mas acabei por fazer alguns quilometros a pé nos três dias em que decorreu evento e acabei por fazer uma reportagem do evento: Tall Ships 2012.
Passados quase 8 anos, revejo estas imagens com um sentido de agradecimento, supresa e inspiração. Agradecimento a tudo o que me levou a arriscar e a colocar-me desde dessa altura, em zonas de desconforto e assumindo os desafios com um espirito de “ok… let’s play, let’s do it”.
Supreendido com a forma como já assumia ter objectivos de trabalho fotográfico bem definidos. De tal forma que, ao contrário do que costuma acontecer na maior parte das vezes com o meu trabalho, continuo a identificar-me nestas fotografias, sejam elas mais ou menos tecnicamente desajeitadas, e também nas pretensões do olhar que tinha então e que em muitos aspectos mantenho ainda hoje.
A consistência e coerência no estilo são coisas que sempre desejei alcançar no meu trabalho mas, por algum motivo parecem-me sempre características difíceis de atingir. Mas ao olhar para trás, encontro Inspiração na minha inexperiência e falhas técnicas, num tempo em que ainda andava desajeitamente a tentar encontrar aquilo que os grandes fotografos que eu admirava chamavam “um olhar fotográfico” pessoal, original e único. E assim arrisquei, deixei-me ir, sem pressões, por aquilo que sentia ser a minha forma de fazer uma narrativa visual:
A procurar as emoções e o olhar de quem fotografo.
Que são os detalhes que fazem a diferença numa história.
A admirar e aproveitar a arte dos Técnicos de Luz e captar o melhor momento com a melhor luz possível.
A descoberta do preto e branco e como desta forma se chega ao essencial de uma imagem.
Aprender a dizer mais com o minimo.
A descrobrir a importancia da luz.
É importante deixar o Critico analisar o que foi feito. Com verdade e amor. Para que consiga perceber pelo passado, o sitio e o momento onde estou agora, e compreender perfeitamente o que tenho de fazer amanhã.
CARPE DIEM
Leave a reply